Obrigada Ana!
Que
mundo é esse?
Um “mundo mágico” e que te faz
descobrir outros mundos ou criar um novo mundo.
Não se sabe ao
certo.
Descobrimos que palhaço “é coisa
séria”.
Descobrimos que o olhar do público
pode nos revelar o próximo movimento a realizar, pode revelar até mesmo as
maneiras para abordar.
Quantas
descobertas!!!
É como se uma mãe... a mãe arte nos
pegasse pelas mãos - com o cuidado de mãe - e começasse a fazer um passeio para
nos revelar detalhes, simples e grandes, mas os
detalhes.
Ah, os
detalhes!!!
Que mundo é
esse?
Que nos revela uma loja
itinerante.
Uma loja que ensina.
Uma loja que nos ensina que há
diferenças enormes no simples ato de comprar.
Ensina a comprar porque precisa e não
comprar porque quer.
É sério?
Que mundo é
esse?
Uma loja que nos ensina a não sermos
consumistas, mas ensina que nessa loja você faz trocas, doa, pega, observa e
negocia também.
Que mundo é
esse?
Realmente, um “Mundo
Mágico”.
Que mundo é
esse?
Pergunto
novamente.
Que nos ensina a sermos mais humanos,
mais amigos da natureza, a reaproveitar tudo, tudo
mesmo.
Que mostra que o maior achado de
compra pode estar “escondidinho”, bem ali, quem sabe em um brechó, quem sabe na
gaveta.
Um mundo que mostra que um bom
investimento em vestuário gira em torno de cinquenta centavos a dois
reais.
Nossa, que
investimento!
Que
descoberta!
Que mundo é
esse?
Que mostra que o corpo tem um
eixo.
Que mundo é esse que nos ensina que
para crescer basta deixar os pés paralelos e os ombros
eretos.
Eia!!!
A cena é sua.
Agradece...
Encurve..
Mas...não desvie o seu
olhar.
Eles estão ali.
Eles...
Elas...
Elas...
...as pessoas...
...o público.
Que mundo é
esse?
Que vê equilíbrio quando um está em
pé e o outro deitado.
Que equilibra espaços.
Se não bastasse...esse mundo dialoga
com os espaços.
E vou mais além: por incrível que
pareça o espaço dialogo com você.
Absurdo?
Não!!!
Realidade.
Um mundo que te faz ter e ver
plasticidade nas cores estáticas e nas cores em
movimentos.
Que desperta
olhares.
Mundo que nos faz não conseguir parar
de clicar.
Que mundo é esse que em menos de três
dias nos impulsiona a ter mais de 4.000 registros
fotográficos.
Um mundo de encontros e
desencontros.
Um mundo em que:
o que sabe muito aprende e o que
sabe pouco ensina.
Mundo dos
eixos.
Das
possibilidades.
Possibilidades
corporais.
De esticar, encurvar e de se
conhecer.
Mundo nosso, mundo meu, mundo de
todos e para todos.
Mundo das artes, mundo do teatro, do
pensar, do repensar.
Mundo das
possibilidades.
Teatro.
De repente descobrimos que em chinês
significa possibilidade.
Ah,
possibilidade!!!
Será esse o mundo que gerou tantas
interrogações?
Será essa a
resposta.
Será o mundo das
possibilidades?
Ah, Dores do Indaiá, não deixe sua
dor se aprofundar, transforme-a em arte, em flores, em cores do
Indaiá.
Dores você tem agora a possibilidade
de ser cenário.
Você já apresentou alguns dos seus
palcos.
Cabe a sua gente
querer.
Aliás, esse é o mundo que nos
interrogou a todos instante nesse artigo.
O mundo do
querer.
Que possamos aprender com os que
afirmar me latim: “Sapere aude!”
“Não tenha medo de saber, ouse em
saber, tenha coragem de aprender.”
Tenha somente
querer.
(Este
artigo foi escrito quando estava sentada no meio-fio da Escola Dr. Zacarias em
Dores do Indaiá, aguardando a chegada dos participantes para a oficina do
Dramaturgia do Encontro. Um momento de reflexão. Incrível com um simples momento
só pode nos revelar muito. O silêncio nos revela novos pensamentos e,
consequentemente, novas palavras para falar. No meu caso para escrever -
primeiro - e depois falar)
Texto e registros
fotográficos por Ana Lúcia Lopes
(postagem em construção)